quinta-feira, dezembro 08, 2005
sexta-feira, novembro 25, 2005
Tempo...
terça-feira, novembro 22, 2005
Um choro no beco...
Há já algum tempo que aprendera a gatinhar. Notara que a vida ao seu lado era distante e fria e tornou-se mórdiba quando o depositaram junto a um depósito de lixo. O ar estava quente e abafado. Nesse momento, um cheiro a sujidade e comida podre invadiu-lhe o nariz pequenino e os seus pulmões mostraram o poder do seu choro. E chorou. Chorou tanto que as luzes do beco acenderam-se uma a uma e alguém numa janela gritou, jogando um objecto cujo impacto no solo trouxe-o à realidade do mundo enorme que o rodeava e sentiu medo de tudo. O seu choro não cessou. Em pijama, meia adormecida, continuei descendo as escadas, tropeçando, descalça, na minha própria agonia. O elevador estava avariado. Descia do quinto andar, numa ânsia profunda de acarinhar as lágrimas de solidão que ecoavam no beco, batendo no fundo da minha alma. Cheguei junto dele e baixei-me. Era o bébé mais lindo que alguma vez vira. Quando se apercebeu da minha presença, cessou o choro angustiado e sorriu. Sorriu seguindo a emoção dos meus olhos. Tinha uns olhos lindos, sorridentes, mais verdes que um campo de erva acabado de receber água dos céus. A lua acarinhava aquele corpinho trémulo e assustado, implorando protecção. Peguei-o nos braços, encostei-o ternamente ao peito e foi assim que a vida me deu um filho. |
terça-feira, novembro 08, 2005
Confesso-te...
sexta-feira, novembro 04, 2005
Momentos...
sexta-feira, setembro 23, 2005
Pequenina...
segunda-feira, julho 25, 2005
Dar as mãos a um sonho...

O sonho dela era dar as mãos à sua vontade quase inata de estar em cima de um palco e cantar. Não pretendia exibir-se nem o estatuto de uma vedeta. Sonhava levar na sua voz mensagens de amor e de carinho, capazes de emocionar os corações mais solitários e de completá-los um pouco. Sonhava tocar as almas de quem a escutava e que dizia que a sua voz era suave como o vento e doce como o orvalho matinal. O amor que trazia inscrito no seu peito era tanto... Amava a vida, as coisas que via, as cores e os cheiros intensos que perfumavam as suas memórias. Crescia no toque da pele que escorregava pela sua, também ele cantando de prazer. Eram emoções únicas que, apenas num pouco do amor que lhe rebentava na voz, seriam capazes de transparecer naturalmente. Estava na hora de voar nesse sonho que nascera com ela. Estava na hora de ser feliz e de fazer alguém feliz. Deixou-se escorregar na cadeira de baloiço que a embalava na varanda. Viu as estrelas brilhando no céu e partilhou com elas o seu pensamento. Quem sabe não estaria algures nesse céu alguém esperando pela sua voz que diziam ser doce. Fechou os olhos e beijou o medalhão que trazia posto no peito."Tu sabes quem sou", segredou-lhe. E ficou assim, baloiçando nos seus sonhos.
Ensina-me de novo...
segunda-feira, maio 16, 2005
quinta-feira, maio 12, 2005
Palco de emoções: vida nas veias
terça-feira, maio 10, 2005
Chocolate

segunda-feira, maio 09, 2005
domingo, maio 08, 2005
Penso que sim...
Parfois
sexta-feira, maio 06, 2005
Sensualidade...
terça-feira, fevereiro 08, 2005
Abraços
segunda-feira, fevereiro 07, 2005
Namorar
domingo, fevereiro 06, 2005
Emoções
![]() Estou com tantas saudades que chego a sentir um nó na garganta e o peito inflamado, com o batimento acelerado, ecoando nos ouvidos. Encontro-me sozinha, diante do espelho e o reflexo de mim mesma ameaça chorar perdido, desalmado, desossado, vazio e separado do seu ego. Porque estou eu assim? Não sei. E de que tenho saudades? Não faço a menor ideia. Em cada palavra que escrevo, muito antes de ser formada no pensamento, a angústia intensifica-se. Não sou eu quem escreve. É a emoção, quase irracional. Selvagem e primitiva, sorri-me e eu fico aqui, apática, perdida numa vontade inexplicável de tudo e de nada. |