sábado, agosto 25, 2007

Mal-me-quer, bem-me-quer, muito? pouco? ou nada?

Aproximou-se, tirando os óculos de sol lentamente do rosto. Li o seu pensamento explícito. Receei que também o meu fosse assim tão evidente. Trazia uma sede de desejo escrita nos olhos e logo que tocou no meu ombro, senti toda uma avalanche de fantasias desnudar-se, sem timidez alguma. Agarrou-me pela cintura e percebi que não havia modo de fugir àquele chamamento quase animalesco, e estranhamento tão doce. Não consegui olhá-lo nos olhos. O seu coração saltava do peito, batendo em sentido contrário ao meu. Os olhares de ciúme, curiosidade ou até de crítica de quem passava, por vezes, empurrando-nos, mergulhavam como bombas sobre nós, tentando alvejar o prazer físico, quase mágico, ali exposto. O calor dos nosso corpos fundia-se ali mesmo, publicamente, louco, insaciável e poderoso. Senti que me observava da forma mais indiscreta, com os olhos colados no meu decote, acariciando a minha pele, presa ao seu corpo como um iman. Incomodada, senti um prazer louco, intenso, ao ver o quanto o meu bronzeado lhe agradava. Estava colado a mim. Diria eu, que, naquele momento, era eu o único mundo que ele via. Iludo-me? Muito provavelmente "talvez". A vida tem destes enigmas, felizmente.

quarta-feira, agosto 22, 2007

Cetim azul


Há muito que esperava por ti. Vesti a camisola de cetim e senti o meu corpo todo vibrar com o toque do tecido maroto. Desenhava cada contorno do meu corpo, adivinhando-o, escorregadio, num azul brilhante.

Fiquei pensando no sorriso lindo que tens, perdida e deslumbrada. Escutei a palavra sempre certa que encontras. Senti o toque quente das tuas mãos. O pensamento foi deambulando pelo erotismo de quem veste a pele dos trinta. Tudo mudou e continua mudando, de forma abismal, ao compasso do tempo. A surpresa é constante. As descobertas são agradavelmente inesperadas. A idade não cansa, não pesa, não tortura, não deprime. A idade enaltece a maturidade do prazer intenso da mente e do corpo...

O sofá vermelho, convidativo, sorria, escondendo os pensamentos mais ousados. A pele brilhava sob o candeeiro de luz ténue, debruçado sobre mim. Estava quente. Todo o meu corpo parecia ferver. O creme hidratante atrevido, derretia, perfumando cada pedacinho de pele encontrado. Os poros morenos suavizados reclamavam-te, sentindo ainda o toque mágico das ondas que me tinham envolvido durante a tarde, na praia... O erotismo exalava das velas de aromas silvestres que ardiam, brincando no chão da sala. A alça da camisola de cetim deslizou pelo ombro e deixou a descoberto o bronzeado do sol.

Estava ali, distante do mundo, esperando por ti, sorrindo e acariciando o creme que derretia suavemente pelo ombro descoberto. Tudo parecia ter ganho vida naquele meu espaço. A chama das velas dançava com sensualidade esboçando sombras na parede. O cetim escorregava, teimando em desvendar a nudez macia.

Quando acordei, o sol entrava pela janela, me acarinhando. A doce luz despertou-me delicadamente. O pescoço dorido relembrou-me que adormecera, de novo, no sofá, pensando em ti.

domingo, agosto 19, 2007

XÔ!!!

Nada como uma máquina destas digitais para apanhar o que não deve...Mas não se esqueçam: recorram à alternativa mais antiga do mundo. Não há paparazzi que o tolere. Estraguem com a foto.