quinta-feira, janeiro 22, 2004

Alta derrapagem...

Foi alta derrapagem o que me aconteceu hoje. Nem precisei estar ao volante de uma viatura. Dei por mim, estatelada no chão e em redor ninguém se dignou a me esticar a mão ou pelo menos me reconfortar com um sorriso. Um fim de relacionamento que nem chegou a existir, acho eu, acabou deslizando para fora dos limites da aceitação ética e solidária de qualquer humano, enquanto ser social. Despistei-me e nesse estado de choque de emoções explodindo por tudo o que é lado, tive um acesso louco de sensatez. Decidi,eu mesma, pôr fim ao que não tinha nem nunca teve lógica alguma. O que ouvi não passou de um: "É tudo?", completado por uma interrogativa fria e burocrática: "Mais alguma coisa ?". Questiono-me se isto de sentimentos e relacionamentos serão realmente meras transações e intercâmbios esporádicos de partes e estados da nossa alma, o "orgão" menos físico e, no entanto, mais sensível e debilitado, do metabolismo humano. Acompanha-nos uma consciência permanente de inconsciência e inconsistência de atitudes. Com o decorrer do tempo e o ganhar suspeito de maturidade, deparamo-nos com a sensatez mais lúcida e coerente de uma jovem com menos 10 anos que nós. Onde ficou o nosso bom senso? É... Vale realmente a pena recuar no tempo e tentar recuperá-lo. A vida já nos surpreende qb. De que serve declarar-se mártir das suas próprias atitudes ? Melhor será talvez usar material anti-derrapante. Mais vale prevenir que remediar.


1 comentário:

ocsav disse...

viver é o sangue pulsar nas veias
controlá-lo acho que não é a solução_