domingo, setembro 16, 2007

Rasgos de sangue


Voltei de novo ao espelho e vi a sombra do passado.

Se insisto em considerá-lo História, o presente teima em reacender as cicatrizes provocadas pelo incêndio suicida. Nada derruba tanto um ser quanto um espelho quebrado, sem imagem, vazio de crenças e esperança. Pelo chão pedaços de vidro quebrados, ainda ensanguentados, sorriem com ironia. São restos de saudade que ficaram, angústias afogadas, pseudo-amizades acolhidas em mimos, raízes nulas de autencidade. Os frutos obtidos são tudo menos paixão, luz e encantamento. Já não existe espelho, nem tempo, nem vida reflectida. O sonho morreu. Ficaram as pegadas de dor, marcas de sangue escuro, solitárias, abandonadas, agora indefinidas, já secas, esmagadas contra o chão pisado e sujo.

4 comentários:

Cristiano disse...

Um pouco do seu lado humano tal como os outros mas este senti que era como um desabafo diferente dos outros!!!!
Continue e comente o meu se puder :D

Anónimo disse...

sua historia na aula comoveu-me.. tem uma força fantastica! admiro-a!
Beijo Adoro-a! ;D

Anónimo disse...

Parabéns Professora pelo seu fantástico blog, convido-a a visitar o meu http://farwayland.blspot.com


Um beijinho do aluno que convenceu a fazer BodyCombat e BodyPump ;)

Anónimo disse...

Olá Professora, só para dizer que mudei de blog: http://deepestsolitude.blogspot.com/

Um beijinho do aluno que conveceu a fazer BosyCombat e BodyPump!