segunda-feira, maio 16, 2005

Suspiros


Pensar que pensei que não existias...

quinta-feira, maio 12, 2005

Palco de emoções: vida nas veias

Por mim, deixava-me levar no ar fresco da noite para senti-lo penetrar pelas narinas e encher de luar toda a minha forma de existir... A ficção, a imaginação, os delírios ganham espaço e vida neste pedacinho de pecado que aqui deixo... Aguns caracterizam-me como "feliz"... Outros adormecem na sua teimosia irreverente de que a escrita exterioriza os meus momentos negros... O encarnar dos personagens que despertam em mim, fascinados por simples e inesperados estímulos vindos dos mais diversos universos, faz despoletar textos que nem eu mesma sei explicar como surgem... Um pedaço de loucura inata que insiste em transpor-se para as palavras legíveis...Esta lucidez inconsciente, são pecados ora doces, ora amargos que vestem de cor o meu pensamento... Não me importo de ser assim. Não me importo de poder sentir e viver as estações do ano nas palavras, vivas, insconstantes, na simples contagem dos minutos e que fazem de cada segundo, um momento marcado no tempo, diferente e sempre inesperado. Não me importo de ser assim. Nao me importo de chorar quando escrevo ou de sorrir, como o faço agora. Não me importo de ser assim. A meu ver, a verdadeira tragédia de uma vida é a sua rotina de emoções.

terça-feira, maio 10, 2005

Chocolate


Não é preciso baunilha, nem caramelo... Basta um chocolate e sei que isto já passa. Saboreá-lo des olhos fechados, fingindo que a vida pode ser doce e macia, derretendo na boca e enaltecendo os sentidos mais diversos... É... O Chocolate é uma arma e tem mil e uma aplicações... Vale a pena experimentar.

segunda-feira, maio 09, 2005

Será?



Foram tantas as vezes que sonhei contigo
que penso ser totalmente improvável
não existires.

domingo, maio 08, 2005

Penso que sim...

Penso que tens razão no que dizes, quando sabes me ouvir e me dás a palavra também, quando choras comigo, corres para me secar as lágrimas, me abraças ou sorris, foges de mim ou és indiferente. Penso que, nesse escuro que trazes nos olhos, escondes a luz das verdades que sentes e não tens coragem de assumir. Penso que sim. Penso também que somos iguais. Não somos a sombra um do outro. Somos, sim, a coincidência de carácter do que já fomos, somos e queremos ser. O espelho em que nos reconhecemos, é o mesmo. Penso que sim.

Parfois

Parfois je vois la vie avec les yeux d'un ange innocent qui attend tout simplement la liberté de ses rêves... Parfois, je laisse voler mes larmes sur les ailes d'un oiseau qui les rejoint aux nuages devenus noirs... Parfois, je crois que mon existence n'est plus ce poids de douleur et je me sens moins seule et abandonnée de mes désirs... Parfois, je veux m'endormir pour y retrouver ma paix et la réponse à toute cette contradiction qui envahit fréquemment mon âme... Parfois, je crois que les histoires que j'ai écoutées pendant mon enfance me feront assister à une réalité digne d'un conte et mon prince, il reviendra, souriant,gentil, capable de m'aimer et de se laisser aimer...Parfois... je me sens capable de faire rêver les gens qui m'embrassent et cultiver leurs sourires en cachant les pleurs de mon coeur vide et silencieux...Parfois, je veux croire que ma vie ne sera que cette indifférence et ce conflit d'émotions et qu'ailleurs quelqu'un voudra vraiment partager ses secrets et désirs avec moi...Parfois, je ne pense que ça et je pleure, puisque ces parfois... il ne sont que des moments lointains qui s'échappent par mes doigts, qui volent ma voix et ferment mes yeux, en disant que la vie ne saura jamais comme dans les contes de fée...La vie, elle n'est qu'un simple parfois...perdu dans le destin... et moi... je ne sais plus ce que je suis dans cet espace incertain...Je croyais qu'il suffisait tout simplement d'aimer...savoir aimer... et savoir grandir en aimant. À toi qui me lis...je te laisse mon parfois et l'espoir que tu le comprennes mieux que moi...

sexta-feira, maio 06, 2005

Sensualidade...

Dançava, sentindo a seda despir as curvas do meu corpo na camisola semi-transparente. Era eu, autêntica, semi-nua, sensual e como que gritando o teu nome no escuro da dança quase tribal que me possuía, embalada num simples Bacardi-Cola engolido a "penalti". Isto fez-me lembrar algo. A primeira bebedeira, que pouco alcool exigiu. Resultara apenas da desabituação a esse poderoso revelador de verdades. E fiquei assim dançando, com uma vontade inexplicável de entregar o meu corpo à lua e sentir o vento directamente na pele, despreocupada, desinibida, sob os olhares curiosos que, de certa forma, expressavam desejo e eu, confesso, deliciei-me e queria senti-lo cada vez mais, esse desejo reprimido, quase explosivo. Alguma mulheres de olhos desviados, mas postos em mim, denotavam nitidamente inveja por não terem coragem de libertar-se assim, sem preconceitos. E o cetim escorregava e esvoaçava. O corpo ganhava, em cada ondular da brisa, uma sensualidade singular, despido de manias de regime, de dietas, de pilulas para emagrecer, de cremes para estrias e celulite... O corpo exibia-se assim, bonzeado, macio, nu, apelando à libertação dos sentidos. Sei que faz lembrar o anúncio do "Martini baby?" e a toalha cai deixando adivinhar claramente os recantos de uma pele que sente prazer , que vibra e se contorce simplesmente por ter poros. Os sinais e marcas mais discretos, tornaram-se estrelas brilhantes apetecíveis de tocar, na noite quente e libertina, a julgar pelos olhos que me abraçavam no silêncio.
Quando acordei, estava nua, deitada na areia, com o sol me acariciando o rosto.
Ao meu lado, junto aos cabelos ruivos, entrelaçados na areia, uma rosa vermelha, marcava os traços misteriosos de um sonho que afinal talvez tivesse tocado a realidade.
O perfume da rosa fez-me vibrar e senti de novo aquele prazer quente, enaltecido, quase louco.
Caminhei para o mar que me acarinhou e partilhou comigo um momento de Amor.
Ao longe, no areal, a rosa vermelha brilhava, esperando o meu regresso, de corpo molhado, com as gotas deslizando, brincando na pele, tocando todos os mais íntimos recantos do meu corpo.
Regressei ao espaço dourado e coloquei-a no cabelo. Fechei os olhos, acariciada pelo sol, inibriada na sensualidade de toda aquela vivência. E fiquei assim, deitada, palpitando ainda desejo, entregue a uma praia quente, onde a areia deslizando entre os dedos, confidenciava-me ainda que me queria sentir e partilhar o amor comigo, mais uma vez.