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A vida, por vezes, é um Carnaval fora de contexto. Pude constatar isso de novo. Muitas das pessoas que nos rodeiam andam mascaradas o ano todo e apenas na época carnavalesca têm a coragem de assumir quem são verdadeiramente. E como é Carnaval, “ninguém leva a mal”. É pena que o Carnaval seja apenas 3 dias. Se a honestidade e sinceridade pudessem ser prolongadas, o nosso ego social ascenderia ao top ético e moral num ápice. Hoje, até encontrei um príncipe! Não, não era um sapo transformado. Garanto-vos. Vi-o. Desfilou em pleno Funchal, saindo de um livro de histórias encantadas onde tudo sempre começa com a célebre frase: "Era uma vez"... Pois. Palavras, para quê? Claro que eu também poderia entrar neste Baile de Máscaras vitalício. Quem sabe, seguindo a maré da moda actual, não seria eu também uma Princesa, uma Rainha ou uma Super-Mulher?
De qualquer modo e, apesar do desabafo alucinado, não colocarei uma máscara fora de época. Vamos viver o Carnaval, sambar e brincar ao “faz-de-conta”. Vamos "curti-lo" agora, adequadamente, enquanto dura.
(Publicado no DN de 21 Fevereiro 2004)
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