
É pintada de verde, dizem. Sinto que nasceu connosco e nem no cordal umbilical congelado, ela se deixa esquecer. Existe. Respira por nós, quando sufocamos. Vê por nós, quando recusamos abrir os olhos. A sua aliada, a felicidade, está aí, em cada janela que abrimos. Começa pela nossa capacidade de aceitar e perdoar, ensinando a ficar em paz com a alma, trazendo ao rosto um sorriso verdadeiro. A sua cor não tem definição. A atitude sim, transmite-a, negando qualquer arrependimento de algum passado, todo ele tão essencial para o cultivo da pessoa linda que deixamos crescer, diariamente, em nós. Ela existe, mesmo nos erros repetidos. Sentimo-la nas coisas mais simples da vida. Por isso subimos, mesmo cansados, a escada gigante da maturidade, por maior que pareça ser a tempestade. Enfrentamos o vento, a chuva, o sol tórrido, a cicatriz e o negro dorido. A esperança está por aqui, sempre. Não reacender momentos de mágoa é um príncipio. O egoísmo de reviver a dor, egocêntrica e quase masoquista, quase nos leva a esquecer a felicidade constante que, tantas e tantas vezes, sentimos. A Esperança existe desde o início de tudo. É a nossa fonte de sobrevivência e dá-nos essa capacidade imensurável, inata, de poder concretizar sonhos.